No quarto trimestre, o banco obteve lucro líquido de R$ 6,273 bilhões, 780,2% acima do mesmo intervalo de 2016, quando somava R$ 713 milhões
Cynthia Decloedt, O Estado de S.Paulo
27 Março 2018 | 09h02
A Caixa Econômica Federal anunciou lucro líquido recorde em 2017, de R$ 12,5 bilhões, 202,6% superior ao registrado em 2016. O lucro líquido recorrente totalizou R$ 8,6 bilhões, alta de 106,9% em 12 meses, e também superou o melhor resultado já alcançado, disse o banco. O retorno sobre o patrimônio líquido recorrente foi de 12,9%, crescimento de 6,3 pontos porcentuais em 12 meses.
No quarto trimestre, a Caixa obteve lucro líquido de R$ 6,273 bilhões, 780,2% acima do mesmo intervalo de 2016, quando o lucro líquido somava R$ 713 milhões. Os ativos administrados subiram 1,9% em doze meses, para R$ 2,176 trilhões no quarto trimestre do ano passado, mas caíram 0,9% frente ao terceiro trimestre. Os ativos totais somaram R$ 1,260 trilhão ao final do quarto trimestre, representando alta de 0,4% em 12 meses.
O presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, ressaltou uma melhoria e fortalecimento da governança, da eficiência e avanços em todos os indicadores, os quais asseguraram rentabilidade ao banco. “Por mais que tenhamos mantido a carteira de crédito com uma ligeira queda, mesmo assim a rentabilidade foi muito importante”, disse o executivo.
Occhi mencionou que alguns fatores não recorrentes contribuíram para o resultado, principalmente a gestão feita pela Caixa internamente, estabelecendo limite da folha de pagamento com despesa com a saúde dos funcionários (Saúde Caixa).
“Isso levou a Caixa a sair do lucro líquido de R$ 8,6 bilhões para lucro líquido de R$ 12,5 bilhões. O lucro recorrente é superior ao de 2016 e, para nós, o maior resultado dos últimos tempos. Com o valor de R$ 12,5 bilhões, as consequências serão percebidas nos indicadores de eficiência e melhoria de retorno”, afirmou.
O patrimônio líquido do banco cresceu 12,2% no quarto trimestre em comparação ao mesmo intervalo de 2016, para R$ 71,38 bilhões.
O índice de Basileia atingiu 17,7%. O índice de Capital Principal e o de Nível I marcaram 11,2%, mantendo-se acima do mínimo exigido de 6,0% e 7,5%, respectivamente. Os Ativos Ponderados pelo Risco (RWA) totalizaram R$ 529,5 bilhões em dezembro de 2017, redução de R$ 44,6 bilhões.
A Caixa informou que para cumprir os requerimentos mínimos de capital, conforme exigências do Acordo de Basileia III, tem implementado medidas para reforço da sua estrutura de capital, como a redução de despesas, ajuste dos processos de alocação de capital, utilização da métrica do Retorno Ajustado ao Risco no Capital (RAROC) para gestão da carteira de crédito, disseminação da cultura de risco, entre outras.