Programa foi o vencedor na categoria ‘Empresas de Médio e de Grande Porte’ e já acumula 27 prêmios em 22 anos de história
Com informações de Cedae
O programa socioambiental Replantando Vida, da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), foi o vencedor da edição 2023 do Prêmio Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), na categoria “Empresas de Médio e de Grande Porte”. O vencedor foi escolhido entre três finalistas, que incluíam também uma empresa privada do setor de eletrodomésticos e a empresa Águas de Manaus (AM). Com a conquista, o Replantando Vida chega à sua 27ª premiação desde a criação do programa, em 2001.
“O prêmio representa os 22 anos do programa, a dedicação do Alcione Duarte. É proporcional à capacidade que ele teve de trazer o programa até hoje, a cada ano expandindo, corrigindo e trazendo novas pessoas. Atingindo tanto social como ambientalmente uma capilaridade cada vez maior. É um prazer fazer parte da Companhia”, afirmou Aguinaldo Ballon, presidente da Cedae.
Esta foi a oitava edição do Prêmio ANA, e contou com 618 inscrições, distribuídas entre 10 categorias, de todos os estados e do Distrito Federal. Desde sua criação, o prêmio já contabilizou quase 3 mil trabalhos inscritos e premiou 48 projetos, que contribuíram para a segurança hídrica, gestão e usos sustentável dos recursos hídricos, melhoria e ampliação dos serviços públicos de saneamento básico.
“Nós ficamos muito honrados por esta premiação porque ela ajuda a Cedae a tirar da sombra milhares de pessoas que estão à margem da sociedade. São elas que nos ajudam a termos capacidade de produzir anualmente até 2,2 milhões de espécies nativas da Mata Atlântica e proteger nossos recursos hídricos. O que a ANA nos oferece hoje faz com que outros segmentos da sociedade possam entender que dentro do presídio ou nas ruas com tornozeleira eletrônica existem pessoas como nós, nossos semelhantes, que tropeçaram, que erraram, mas que abraçaram uma nova perspectiva de vida”, disse Alcione Duarte, idealizador e gestor do Replantando Vida, ao lado dos engenheiros florestais Alan Abreu e Elton Abel.
A premiação levou em consideração critérios como os impactos socioambientais de cada programa; seu potencial de difusão; aderência aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU); sustentabilidade e inovação, entre outros.
O Replantando Vida
O programa da Cedae, em parceria com a Fundação Santa Cabrini, une ressocialização de apenados do sistema prisional estadual e preservação ambiental: pessoas em cumprimento de pena nos regimes fechado, aberto, semiaberto e liberdade condicional participam ativamente do ciclo de atividades da Companhia, realizando tarefas relacionadas ao tratamento de água, confecção de uniformes, jardinagem, serviços gerais, administrativos e operacionais.
A Companhia é a maior empregadora de mão de obra egressa do sistema prisional em todo o país: ao todo, mais de 6 mil pessoas já passaram pelo Replantando Vida. No programa, os apenados recebem remuneração pelo serviço prestado (salário-mínimo nacional), auxílios transporte e alimentação, além do benefício de redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados.
O trabalho ambiental é o grande destaque, e os trabalhadores atuam em todas as etapas da cadeia produtiva da restauração florestal, que vão desde a coleta de sementes, produção de mudas florestais da Mata Atlântica, plantio, manutenção e monitoramento dos reflorestamentos para proteção e recuperação de mananciais hídricos. Para isto, o Replantando Vida mantém sete viveiros florestais.