O Governo do Estado, a Prefeitura e a Sabesp anunciaram hoje a retomada das ações do Programa Córrego Limpo. Criado em 2007, o programa funcionou de forma integrada entre as esferas estadual e municipal até 2012, mas sofreu perdas entre 2013 e 2016, quando a administração anterior da Prefeitura de São Paulo parou de realizar sua parte, conforme o convênio vigente. Agora foi retomado.
Desde o início, o projeto já despoluiu 149 córregos, numa área de aproximadamente 200 km2, beneficiando cerca de 2,2 milhões de pessoas. O investimento total já realizado pela Sabesp foi de R$ 220 milhões, e a vazão de esgoto retirada dos córregos atingiu 1.500 litros por segundo. O objetivo do programa é melhorar a qualidade de água dos mananciais, rios e córregos, através de adequações no sistema de esgotamento sanitário do entorno dos córregos, trabalhos de manutenção e educação ambiental.
“A grande novidade dessa nova etapa do programa é a garantia de que o Córrego Limpo terá continuidade. Criamos uma cláusula de obrigatoriedade de adesão, ou seja, Sabesp e prefeitura assumem um compromisso de manter ao longo do tempo suas respectivas tarefas. Isso demonstra o nosso propósito de zelar pela qualidade das águas desses córregos, que influem tanto na vida das pessoas”, diz o governador Geraldo Alckmin.
Para o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, “esta é mais uma parceria da Sabesp com a nova gestão da Prefeitura de São Paulo que vai contribuir para que a população seja beneficiada com o trabalho conjunto. O Programa Córrego Limpo é fundamental para a despoluição dos nossos rios, inclusive do Pinheiros e do Tietê”.
“O Programa Córrego Limpo é mais uma união de forças entre Governo do Estado, Prefeitura e Sabesp em prol da população de São Paulo”, afirma o vice-prefeito e Secretário de Prefeituras Regionais, Bruno Covas.
À Sabesp cabe mapear, inspecionar e realizar a manutenção de redes coletoras, executar obras de remanejamento, ligações, interligações e prolongamento de redes coletoras, monitoramento da qualidade das águas e conscientização da população local.
Já as Prefeituras Regionais são responsáveis pela limpeza do leito e das margens dos córregos (corte de mato, retirada de entulho etc.), manutenção de galerias de águas pluviais (GAP) e bocas de lobo, verificar possíveis ligações irregulares nas GAPs, contenção de margens, fiscalização de imóveis que não estejam conectados às redes coletoras e reurbanização de fundos de vale para permitir a implantação da infraestrutura de esgotamento.
Córregos recuperados
Entre os córregos recuperados está o Mandaqui, na zona norte. A Sabesp realizou varredura em 440 km de redes coletoras de esgoto para identificar reparos e melhorias e detectar lançamentos clandestinos, instalou 10 km de tubulações para coleta e afastamento de esgoto e executou 455 novas ligações domiciliares. O investimento realizado pela companhia foi de R$ 18 milhões. Mais de 40 km de cursos d’água foram limpos – 7,5 km do próprio Mandaqui e mais 33 km de seus afluentes.
Já o córrego Cruzeiro do Sul, em São Miguel Paulista, zona leste, possui 18 km de redes coletoras de esgoto em seu entorno, em que foram realizados reparos e melhorias. Para a despoluição do córrego foram instalados 3,5 km de rede para coleta e afastamento de esgoto e executadas 596 novas ligações de esgoto. O investimento realizado pela companhia foi de R$ 3,5 milhões. Com isso mais de 2 km de cursos d’água chegam limpos ao rio Tietê, beneficiando os 35 mil moradores do entorno.
Novas intervenções
Do total de 149 córregos recuperados, 47 ficaram totalmente sem manutenção nos últimos anos. Por isso, as Prefeituras Regionais retomarão os serviços de zeladoria no local, com poda no entorno e retirada de entulho. As Prefeituras Regionais também farão intervenções em outros 22 córregos recuperados que sofreram invasões em suas margens.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Sabesp