Economizar água e aplicar o conhecimento nas aulas práticas e cálculos matemáticos, como o volume de água utilizado por pessoa e a quantidade disponível em cada Estado. Estes são os objetivos da capacitação de professores e representantes de escolas que fazem parte da nova etapa de implementação do Programa de Uso Racional da Água.
Desde março, a escola de formação Paulo Renato Costa e Souza, em Perdizes, treina 2.280 colaboradores de instituições de ensino de 380 escolas da rede pública. A ideia é disseminar conhecimentos e formar multiplicadores que irão repassar e aplicar as técnicas nas respectivas escolas.
Na prática, os gestores da instituição de ensino serão capacitados para gerenciar o programa e controlar metas, atuando na esfera estratégica. Já os professores e assistentes serão os multiplicadores, responsáveis pela replicação do conhecimento e o repasse dos conceitos sobre economia de água nas atividades pedagógicas. Por fim, porém não menos importante, o controlador – papel exercido pelo zelador e pelos agentes escolares – será o responsável pela fiscalização das áreas, verificação de vazamento e controle do consumo da água.
Além dos benefícios do uso racional no que diz respeito à diminuição dos impactos ao meio ambiente, a escola também sente as vantagens do programa no bolso, pois ao cumprir a meta de reduzir o consumo de água em ao menos 10%, a instituição recebe como contrapartida 25% de desconto no valor da conta, desde que mantenham a média da economia. A estimativa é que sejam economizados R$ 250 mil por mês. Os recursos para a adoção do programa são do Fehidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos), obtidos pela Secretaria da Educação.
“Eu serei o multiplicador da escola e pretendo repassar o que aprendi aqui para a garotada, professores e comunidade. Levarei também meu conhecimento para o síndico do meu prédio para que coloque em prática o uso racional da água”, explica Ademir João Dias, vice-diretor da Escola Estadual Professora Zenaide Vilalva de Araújo e da Escola Família, em Pirituba, zona norte da capital.
Dentre as escolas estaduais de destaque está a Escola Estadual Padre Francisco João de Azevedo, no Parque Castelo, na zona sul da capital, que conseguiu diminuir o consumo de água em 73% em apenas seis meses, beneficiando-se ainda da redução no valor da conta de água que passou de R$ 4,8 mil para R$ 950,00 por mês
Fonte: Assessoria de Comunicação da Sabesp